Tipos de cocô infantil: tudo o que você precisa saber sobre o assunto

Cocô infantil

O cocô infantil é um assunto que dá muito pano para manga. Principalmente entre os papais de primeira viagem que, ao se depararem com qualquer alteração nas fezes da criança, já ficam desesperados.

Apesar de ser comum encontrar fezes em diferentes tamanhos, cores e consistência em um mesmo dia em bebês, o natural é que o cocô infantil vá tomando uma forma à medida que a criança cresce, assemelhando-se ao cocô de um adulto.¹

Ainda assim, isso não significa que as fezes serão todas iguais (as suas certamente não são). Por isso, conhecer quais são as alterações “normais”, quais as preocupantes e como deve ser um cocô de uma criança saudável é fundamental.

A seguir, entenda mais sobre esse assunto e aprenda como saber se o cocô da criança está bom. Vamos lá!

Como deve ser o cocô da criança?

O cocô infantil é um tema que gera muitas dúvidas, especialmente durante os primeiros anos de vida, em que as trocas de fraldas são constantes.

Muitas vezes, em um mesmo dia, você pode se deparar com fezes completamente diferentes ao levar seu filho ao banheiro ou fazer a troca.¹

A boa notícia é que as alterações diárias nas fezes são normais para os bebês, principalmente os recém-nascidos.¹

Ainda assim, é importante saber como deve ser o cocô da criança, pois, algumas dessas alterações podem indicar problemas de saúde. ¹

Os aspectos que você mais deve ter atenção são a coloração e consistência das fezes. ¹

Os primeiros cocôs de uma criança são pretos, bem escuros, o que é chamado mecônio. Essa cor é resultado do acúmulo de células de pele, muco e líquido amniótico. ¹

Depois, o cocô infantil passa a ter uma coloração amarelada. Os menores que utilizam fórmula alimentar podem apresentar fezes amarelo-esverdeadas. ¹

Somente quando a criança começa a comer alimentos sólidos, ou seja, após a introdução alimentar, que o cocô infantil começa a se parecer com o de um adulto, de cor marrom. ¹

Em relação à consistência, para entender melhor qual o tipo ideal, é preciso conhecer os tipos de cocô.²

Mas, já adiantamos: as fezes da criança não devem ser moles ao ponto de escorrerem (característica da diarreia), nem muito ressecada (indicando constipação intestinal)

Tipos de cocô infantil

Fonte: Imagem adaptada do site https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Bristol

Existe uma classificação, chamada de Escala de Bristol, que apresenta os 7 tipos de fezes que tanto um adulto como uma criança podem ter.²

Essa escala é o indicativo usado por profissionais da saúde para entender como está a saúde intestinal do paciente. E é importante ser conhecida pelos pais para conseguir identificar um cocô infantil saudável

A Escala de Bristol afirma que existem os seguintes tipos de fezes:²

  1. Bolinha: cocô separado em pequenas bolinhas duras e ressecadas. São o tipo de cocô mais difícil de expelir (pode causar dor), e indica um quadro de constipação intestinal grave.
  2. Salsicha: cocô de formato longo com bolinhas aglomeradas (diferente do tipo 1, em que as bolinhas são separadas). Esse tipo de fezes também é difícil de expelir, mas por ser um cocô menos duro, indica uma constipação mais leve.
  3. Salsinha: o tipo considerado saudável. Ele tem o mesmo formato do tipo 2, mas, ao invés de bolinhas, é um cocô com rachaduras e fissuras.
  4. Salsicha: outro tipo de cocô considerado saudável. O tipo 4 é como o 3°, mas sem fissuras em seu comprimento. Ao invés disso, o cocô apresenta uma textura lisa.
  5. Despedaçado: o cocô tipo 5 é parecido com o cocô 1, no formato de bolinhas. No entanto, dessa vez, não há dificuldade para expelir, pois, as fezes são mais macias.
  6. Mole: cocô pastoso, com uma consistência semilíquida e coloração mais clara. Esse tipo indica um início de diarreia.
  7. Aguado: o cocô líquido são as fezes características de um quadro de diarreia severa. Nesse tipo não há nenhuma parte sólida no cocô.

Apesar de as alterações nas fezes serem comuns na infância, é importante saber que o cocô infantil saudável deve ser do tipo 3 ou 4

Por isso, conhecer a escala e as características das fezes pode te ajudar a identificar possíveis quadros de diarreia ou prisão de ventre.

Quando se preocupar com as fezes infantis?

Além da cor e consistência das fezes, um fator que você deve se atentar é a frequência.¹

O ideal é que uma criança, que já coma comida, vá ao banheiro pelo menos 2 vezes por semana e no máximo 3 vezes ao dia.3,4

Menos que isso pode ser considerado um quadro de constipação, e mais de três vezes ao dia, de fezes pastosas ou líquidas, pode indicar uma diarreia.3,4

É importante saber que essa referência não vale para os bebês que tomam apenas leite materno ou fórmulas. ¹

O cocô infantil deve ser observado, e só há necessidade de se preocupar quando houver uma quebra no padrão de evacuação. ¹

Ou seja, se a criança está acostumada a ir ao banheiro todos os dias, mas, de uma hora para outra, passa a ir somente uma ou duas vezes na semana, é um sinal de alerta.

Diante de qualquer alteração, o indicado é procurar pelo pediatra que acompanha seu filho.

4 dicas para regular intestino infantil

Agora que você já sabe tudo sobre cocô infantil, vamos entender quais cuidados você deve ter que vão contribuir para o funcionamento intestinal do seu filho.

1. Evite os alimentos processados

Biscoitos recheados, chips, bebidas açucaradas e doces são muito convidativos para as crianças, mas, falando em funcionamento intestinal, esses alimentos devem ser evitados, pois prejudicam toda a saúde da criança.4

2. Aumente a ingestão de água da criança

Assim que os alimentos pastosos são incluídos na alimentação, a água também deve entrar.5

A hidratação é fundamental para a formação de fezes saudáveis, macias e fáceis de expelir.5

Principalmente se você aumentar o consumo de fibra do seu filho, a ingestão de água se torna ainda mais primordial. Pois, comer fibra sem beber água pode causar o efeito contrário no intestino.5

3. Leve seu filho ao banheiro diariamente

Algumas crianças esquecem de ir ao banheiro no dia a dia, não querem parar as brincadeiras e, por isso, seguram as fezes, e ainda tem aquelas que têm medo de fazer cocô.4

Em todo caso, uma forma de ajudar a regular o intestino da criança é a levando ao banheiro todos os dias, incentivando-a a fazer cocô quando a vontade surgir.

Segurar as fezes é um hábito muito prejudicial que, ao longo prazo, pode causar constipação intestinal.4

4. Ofereça alimentos ricos em fibra

Se seu filho está passando pela introdução alimentar essa é uma ótima oportunidade de apresentar a ele alimentos ricos em fibra.4

Agora, se ele é maior e já come comida há algum tempo, é hora de exercitar a criatividade para incluir as fibras nas refeições.

A fibra é um carboidrato não digerido pelo organismo fundamental para a saúde intestinal, e entre tantos benefícios que ela traz para a saúde, ajudar a formar fezes saudáveis, é um dos principais.5

Se incluir a fibra na alimentação for difícil por aí, a suplementação pode ser uma maneira prática de aumentar o consumo desse carboidrato pelos pequenos.

O Tamarine Fibras Kids, por exemplo, é um mix de fibras solúveis que auxilia no funcionamento do intestino, tem sabor de morango6. Muita praticidade para os pais e para a criançada!

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Referências
  1. What are some of the basics of infant health? [Internet]. https://www.nichd.nih.gov/. 2016. Disponível em https://www.nichd.nih.gov/health/topics/infantcare/conditioninfo/basics. Acesso em outubro/2022.


  2. Heaton KW, Radvan J, Cripps H, Mountford RA, Braddon FE, Hughes AO. Defecation frequency and timing, and stool form in the general population: a prospective study. Gut [Internet]. 1992 Jun 1;33(6):818–24 Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/labs/pmc/articles/PMC1379343/. Acesso em outubro/2022.


  3. P H, A D. A Neonate with Hypernatremic Dehydration. Journal of Case Reports [Internet]. 2018 May 30;8(1):80–2. Disponível em http://www.casereports.in/articles/8/1/A-Neonate-with-Hypernatremic-Dehydration.html. Acesso em outubro/2022


  4. Constipação [Internet]. SBCP. 2013. Disponível em https://sbcp.org.br/arquivo/constipacao/. Acesso em outubro/2022.


  5. Motta ME, da Silva GA. Constipação intestinal crônica funcional na infância: diagnóstico e prevalência em uma comunidade de baixa renda. Jornal de Pediatria. Disponível em http://www.jped.com.br/conteudo/98-74-06-451/port.pdf. Acesso em outubro/2022.


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