Prisão de ventre: conheça causas, sintomas e tratamentos

Prisão de ventre

A prisão de ventre é um problema que afeta cerca de 30% da população brasileira. E ninguém passa ileso: mulheres, homens, crianças, idosos e até gestantes podem sofrer com os sintomas da constipação intestinal. ¹

Por mais que seja incômodo, o intestino preso não é uma doença, mas um sintoma que pode ter relação com outros problemas de saúde ou ser resultado de hábitos do dia a dia. ¹

Se você sofre ao ir ao banheiro ou passa vários dias sem fazer cocô, chegou a hora de entender por que isso acontece e como resolver.

A seguir, descubra os critérios para diagnosticar intestino preso e o que fazer para melhorar essa condição.

Resumo:

  • Prisão de ventre ou constipação intestinal é um sintoma que causa dificuldade de fazer cocô, necessidade de fazer força para evacuar e sensação de não ter eliminado todas as fezes.
  • Esse distúrbio no intestino tem diversas causas, como má alimentação, baixo consumo de fibra; baixa ingestão de água; sedentarismo; segurar as fezes; mudanças hormonais; estresse e saúde mental.
  • A constipação acontece quando a pessoa faz cocô menos de 3 vezes por semana, tem fezes duras e ressecadas, não consegue eliminar todas as fezes e/ou sente dificuldade de evacuar pelo menos 25% das idas ao banheiro.
  • Para melhorar a prisão de ventre, coma melhor, beba mais líquidos e respeite o funcionamento do intestino.

Conteúdos relacionados:

Neste artigo você vai ler:

  • O que é prisão de ventre?
  • O que causa prisão de ventre?
  • Quais são os sintomas da prisão de ventre?
  • O que é bom para prisão de ventre?
  • 3 receitas ricas em fibras para melhorar a prisão de ventre
  • Existe remédio para prisão de ventre?

O que é prisão de ventre?

A prisão de ventre, também chamada de constipação intestinal, é um sintoma que aparece devido a questões comportamentais e alimentares. Basicamente, causa a dificuldade de fazer cocô e você passa vários dias sem ir ao banheiro. O quadro pode ser primário ou secundário.²

A constipação primária está associada a fatores comportamentais e alimentares, e representa cerca de 85% dos casos. Esse é o tipo mais fácil de resolver: mudanças na alimentação podem reverter o cenário. ²

Já a prisão de ventre secundária é a que está associada a algum quadro de saúde e condições médicas. Nesse caso, além de sintomas mais agressivos, é necessário tratar a causa principal para melhorar o intestino preso. ²

O que causa prisão de ventre?

As causas da constipação intestinal são classificadas como primárias e secundárias.

As causas primárias do intestino preso são má alimentação, baixo consumo de fibra, pouca ingestão de água, sedentarismo e hábito de segurar as fezes. Já os problemas de saúde geram o tipo secundário.²

A seguir, entenda cada uma dessas causas.

1. Má alimentação

A alimentação é um dos fatores mais importantes para a saúde do intestino. Por isso, comer mal é um dos principais motivos da prisão de ventre e de outros problemas digestivos. ²

Pessoas que comem muitos alimentos processados, com alto teor de gordura, açúcar e sódio, podem perceber alterações intestinais constantes. ²

Isso porque esses alimentos são de difícil digestão, além de serem ruins para a flora intestinal e causarem desequilíbrio. ²

2. Baixo consumo de fibra

A fibra é um carboidrato que o organismo não consegue digerir, por isso, chega praticamente intacta ao intestino. Lá, atua em todo o processo de formação das fezes, além de estimular os movimentos peristálticos e reequilibrar a flora intestinal. ³

Para quem tem dificuldade de fazer cocô, vale a pena analisar a quantidade de fibra ingerida. O recomendado é o consumo mínimo de 25 gramas por dia para adultos

Como esse carboidrato é classificado como um regulador intestinal, a sua falta pode ser o motivo da constipação. ³

3. Baixa ingestão de água

O intestino preso também pode ser resultado da falta de hidratação. Afinal, a água é indispensável para o bom funcionamento do organismo, e o intestino não fica de fora. ²

A baixa concentração de água pode deixar as fezes duras e o trânsito intestinal lento, o que torna o ato de evacuar mais difícil e doloroso. ²

4. Sedentarismo

Se você não se movimenta, seu intestino também pode ficar lento. Ou seja, a prisão de ventre pode acontecer. ²

O sedentarismo contribui para que seu organismo, especialmente o sistema digestivo, trabalhe menos e torne o fluxo intestinal mais devagar. Por essa razão, muitas pessoas com mobilidade reduzida costumam apresentar esse sintoma. ²

Afinal, quanto mais tempo as fezes passam no intestino, mais ressecadas e duras ficam.

Por isso, se você vai pouco ao banheiro, inclua atividades físicas ou esportes no seu dia a dia. ²

Além de acelerar o funcionamento do intestino, os exercícios fortalecem a musculatura intestinal, o que é muito interessante para os movimentos peristálticos

5. Segurar as fezes

Um comportamento muito prejudicial para o intestino é o hábito de segurar as fezes. Sabe quando surge a vontade de fazer cocô, mas você não tem aonde ir? Isso pode acontecer com qualquer pessoa, só não pode se transformar em um comportamento recorrente. ²

Ignorar a vontade de fazer cocô diariamente faz com que as fezes passem mais tempo no intestino e fiquem ressecadas. Dessa forma, quando você finalmente atende o pedido, sentirá dor e precisará fazer esforço para expelir as fezes. ²

Por isso, sempre que puder, respeite o funcionamento natural do intestino.

6. Alterações hormonais

Outra causa é a alteração hormonal, problema enfrentado em sua maioria por mulheres. Essa pode ser a explicação para a prisão de ventre na menopausa, período menstrual ou, até mesmo, na gravidez. ⁴

Isso acontece principalmente quando há alteração na produção de progesterona, um hormônio que afeta diretamente a contração e o relaxamento da musculatura intestinal. ⁴

Quando a substância está em grande quantidade no organismo, o fluxo intestinal tende a se tornar mais lento. ⁴

No caso dos quadros secundários, existem diversas condições de saúde que podem causar constipação. ² Por isso, é necessária uma avaliação médica especializada para entender o que gera a dificuldade de fazer cocô.

7. Estresse e saúde mental

Sabe aquela história de que o “intestino é o segundo cérebro do corpo’”? Bem, pesquisadores e especialistas afirmam que é isso mesmo. Existe um eixo que relaciona o cérebro-intestino ⁵.

A comunicação entre esses dois órgãos acontece de forma bidirecional devido à atuação do nervo vago, metabolismo de bactérias intestinais e sistema imunológico. Logo, um desequilíbrio no intestino afeta o sistema nervoso, e vice-versa ⁵.

E quando há esse desequilíbrio, outras alterações ocorrem no corpo, como mau funcionamento do sistema imunológico, redução da produção de neurotransmissores, e mais chances de desenvolver estresse, ansiedade, depressão, fadiga, mudanças de humor e, até mesmo, distúrbios cognitivos ⁵.

O Sistema Nervoso Central (SNC) é influenciado e regulado pelo intestino, logo, quando a saúde mental está boa, a microbiota intestinal se mantém saudável ⁵.

Para mostrar a importância da relação entre cérebro-intestino, vamos a um exemplo prático. As bactérias benéficas intestinais ajudam a metabolizar compostos essenciais ao organismo e a regular alguns neurotransmissores, como a serotonina e o GABA, responsáveis pela estabilidade do humor e de transtornos de ansiedade e depressão ⁵.

Continue aprendendo:

Quais são os sintomas da prisão de ventre?

Os principais sintomas da prisão de ventre são a dificuldade para fazer cocô, a necessidade de fazer força para evacuar e a sensação de não ter eliminado todas as fezes. Quando esses sintomas persistem por semanas, há um quadro de constipação intestinal. ³

Esses sintomas, definidos pelos Critérios de Roma, são fundamentais para o diagnóstico. ³

Segundo essa classificação seguida por todos os profissionais da saúde, uma pessoa está constipada quando: ³

  • faz cocô menos de 3 vezes por semana;
  • tem fezes duras e ressecadas;
  • sente que não consegue eliminar todas as fezes;
  • tem dificuldade de evacuar no mínimo 25% das vezes em que vai ao banheiro.

Outros sintomas comuns em quadros de prisão de ventre são as dores abdominais, o inchaço e o excesso de gases

Se for necessário manobrar ou massagear a barriga para estimular a evacuação, também é um sinal de que o intestino está mais lento do que o ideal. ³

Apesar de os sintomas serem claros, a prisão de ventre só é diagnosticada caso o paciente apresente um ou mais desses sintomas por um período mínimo de 6 meses. ³

Ou seja, sentir dificuldade para fazer cocô por poucos dias não indica, necessariamente,  intestino preso.

O que é bom para prisão de ventre?

Para melhorar a constipação intestinal você deve, basicamente, comer bem (cortar alimentos não saudáveis e aumentar o consumo de fibras e outros nutrientes), aumentar a ingestão de líquidos ao longo do dia e regular o funcionamento do intestino (atenda a vontade de fazer cocô sempre que surgir). ²

Esses são os passos básicos para melhorar o funcionamento do intestino e evitar fezes ressecadas e difíceis de expelir.

A seguir, veja o que é bom para prisão de ventre. São comportamentos simples, mas que podem fazer muita diferença no sistema digestivo!

1. Coma melhor

O velho clichê “você é o que você come” faz todo sentido quando se fala em saúde intestinal. Afinal, o comportamento desse órgão é totalmente direcionado pela sua alimentação.

Isso quer dizer que se você tem se alimentado mal, pode esperar que o desempenho do intestino também seja insuficiente (mais tempo sem ir ao banheiro). ²

Por isso, se você quer se livrar da prisão de ventre, deve começar com as mudanças na alimentação. Corte tudo o que prejudica seu funcionamento e inclua alimentos mais interessantes ao intestino. ²

Alimentos, como frutas, verduras, legumes e cereais são nutritivos e importantes para o organismo. Em especial, a fibra alimentar é um dos mais indispensáveis. ²

Leia mais: Frutas ricas em fibras: quais as melhores para consumir? Como suplementar?

2. Beba mais líquidos

Sem água, sem movimentos intestinais, sem fezes macias e sem idas ao banheiro: esse é o círculo vicioso do organismo que não está bem hidratado.

Por mais que seja uma necessidade básica, muitas pessoas ainda se esquecem de beber água ao longo do dia, e todo o corpo sofre com essa negligência.

A água é indispensável para movimentar o bolo fecal pelo intestino, assim como para formar as fezes e deixá-las mais amolecidas (para evitar a dor). ²

Por isso, se você está se perguntando o que fazer para melhorar a prisão de ventre, comece pelo básico: beba mais líquidos ao longo do dia, especialmente água. ²

3. Respeite o funcionamento do intestino

Depois de fazer as mudanças, certamente sentirá melhora no funcionamento intestinal. Quando isso acontecer, evite "prender" as fezes. ²

Assim que surgir a vontade de fazer cocô, atenda à necessidade do organismo. Procure um banheiro próximo que possa usar. ²

Segurar o cocô deixa as fezes ressecadas e causa dor para evacuar. Além disso, faz com que o organismo demore cada vez mais para formar as fezes. ²

O que tomar para prisão de ventre?

Outro alimento que não pode faltar no seu dia a dia é a fibra. Você pode consumir alimentos ricos nesse tipo de carboidrato ou optar pela suplementação alimentar, um jeito prático de consumir esse nutriente e atingir o consumo mínimo diário. ¹

O indicado para adultos é o consumo mínimo de 25 gramas ao dia, no entanto, pode ser difícil atingir essa quantidade apenas com a alimentação. Nessas horas, um suplemento alimentar pode ajudar o seu organismo a funcionar melhor. Converse com seu médico sobre isso. ¹

Não caia no erro de consumir soluções laxativas diariamente para fazer cocô, pois, quando administrado com frequência e sem orientação, o laxante pode prejudicar a saúde intestinal. ¹

3 receitas ricas em fibras para melhorar a prisão de ventre

Para não ficarmos só na teoria, separamos receitas ricas em fibras, bem práticas para fazer em casa e inserir na rotina: para o café da manhã ou lanche da tarde; para o almoço ou jantar; e outra para a sobremesa. ⁶

1.   Panqueca de aveia com frutas vermelhas

Bastante fibras no cereal e nas frutas vermelhas ⁶!

Ingredientes

  • azeite (100 ml);
  • 1 banana;
  • 1 ovo;
  • farinha de aveia (100 g);
  • frutas vermelhas frescas (150 g);
  • mel (100 ml).

Modo de preparo

  1. Tire a casca da banana e misture-a aos outros ingredientes em um liquidificador até formar uma massa consistente.
  2. Reserve a massa.
  3. Aqueça uma frigideira e coloque um fio de azeite.
  4. Baixe o fogo e coloque uma concha da massa.
  5. Espere a panqueca ficar com furos na parte superior, vire-a e espere 20 minutos.
  6. Adicione mel e as frutas vermelhas às panquecas e sirva-as.

2.   Nhoque de espinafre, ricota e quinoa

O nhoque, assim como outras massas, pode ser nutritivo e saudável, rico em fibras. Veja a receita que cai bem no almoço ou no jantar. ⁶

Ingredientes

  • chá de ricota (2 xícaras);
  • farinha de arroz (1 xícara de chá);
  • 2 ovos;
  • quinoa em flocos (2 colheres de sopa);
  • espinafre cozido, escorrido e picado (½ xícara de chá);
  • molho de tomate (1 xícara de chá);
  • tomilho a gosto.

Modo de preparo

  • Esfarele a ricota com as mãos em um recipiente.
  • Acrescente os ovos, a farinha de arroz e a quinoa em flocos. Misture bem.
  • Adicione o espinafre levemente cozido e bem picadinho na mistura.
  • Molde pequenos nhoques com as mãos e coloque-os em um refratário.
  • Ao terminar, cubra o nhoque com molho de tomate.
  • Leve ao forno pré-aquecido em 180 ºC por 30 minutos.
  • Se desejar, enfeite o prato com tomilho e sirva-o.

3.   Mousse de chocolate com chia

Para finalizar o cardápio, confira uma receita nutritiva e gostosa de sobremesa! ⁶

Ingredientes

  • cacau em pó (2 colheres de sopa);
  • óleo de coco derretido (2 colheres de sopa);
  • farinha de chia (1/2 xícara de chá);
  • adoçante culinário (1/2 colher de chá).

Modo de preparo

  1. Adicione todos os ingredientes em uma tigela ou bacia e misture-os até formar um creme homogêneo.
  2. Coloque a mistura em forminhas ou em um copo e leve ao freezer por 10 minutos.
  3. Se quiser, acrescente bombons de chocolate na decoração ou pedaço de frutas para deixar mais nutritivo.

Saiba mais: O que comer em uma dieta com fibras para o intestino?

Existe remédio para prisão de ventre?

O medicamento fitoterápico é um remédio para prisão de ventre feito a partir de partes de plantas e vegetais, que passam por um processo de industrialização que torna o tratamento seguro, e pode ser usado para melhorar diversas condições de saúde, como a constipação intestinal. ⁷

Um dos fitoterápicos mais conhecidos são os laxantes, que estimulam a evacuação e são uma alternativa de tratamento para quadros de prisão de ventre.

Apesar de ajudar a evacuar, é importante lembrar que o laxante não deve ser a primeira opção de tratamento. Na verdade, é indicado por um profissional quando não há melhora dos sintomas mesmo com mudanças de hábito. ⁸

O uso sem orientação médica e indiscriminada pode piorar o quadro ou até causar outros problemas intestinais, como a diarreia. ⁸

Se seu intestino se acostuma a funcionar apenas após a medicação, pode ser que a sua evacuação fique condicionada ao uso do remédio. Ou seja, você só irá fazer cocô quando usar um laxante fitoterápico, e essa não é a melhor saída. ⁸

Portanto, se você já fez todas as mudanças recomendadas e ainda não percebeu nenhuma melhora no fluxo intestinal, converse com seu médico para pensar em novas alternativas de tratamento.

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Para prevenir que você sofra muito com essas mudanças, um ponto muito importante é cuidar bem do intestino e garantir que ele esteja saudável.

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São diversas opções para você encontrar aquele que irá se adequar melhor à rotina e às suas necessidades.

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Tamarine. Senna Alexandrina Mill., Cassia fistula L. Indicações: tratamento sintomático de intestino preso, das constipações primárias e secundárias e na preparação para exames radiológicos e endoscópicos. MS 1.7817.0023. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Junho/2026.

Referências
  1. 1. Schmidt FMQ, et al. Prevalence of self-reported constipation in adults from the general population. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2015 Jun;49(3):440–9. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n3/pt_0080-6234-reeusp-49-03-0443.pdf. Acesso em junho/2024.


  2. 2. Constipação. SBCP. 2013. Disponível em https://sbcp.org.br/arquivo/constipacao/. Acesso em junho/2024.


  3. 3. Longstreth GF, Thompson WG, Chey WD, Houghton LA, Mearin F, Spiller RC. Functional Bowel Disorders. Gastroenterology. 2006 Apr;130(5):1480–91. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16678561/. Acesso em junho/2024.


  4. 4. Saffioti R, et al. Constipação intestinal e gravidez. Disponível em http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n3/a2502.pdf. Acesso em junho/2024.


  5. 5. de Abrantes, Rodrigo Sousa, et al. A microbiota intestinal e sua interface com a saúde mental. Saúde Mental e Suas Interfaces: Rompendo Paradigmas: 30.

  6. 6. 8 receitas para um cardápio rico em fibras. Casa e Jardim. 2022. Disponível em: https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Comida/Receitas/noticia/2019/10/8-receitas-para-um-cardapio-rico-em-fibras.html. Acesso em junho/2024.


  7. 7. Falzon CC, Balabanova A. Phytotherapy. Primary Care: Clinics in Office Practice. 2017 Jun;44(2):217–27. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28501226/. Acesso em junho/2024.


  8. 8. Baker, M.D EH, Sandle, M.D GI. Complications of Laxative Abuse. Annual Review of Medicine. 1996 Feb;47(1):127–34. Disponível em: https://www.annualreviews.org/doi/10.1146/annurev.med.47.1.127. Acesso em junho/2024.