Quais são os benefícios dos Probióticos para pele?

Probioticos para pele

Se você acompanha o blog de Tamarine, conhece os ganhos que os probióticos oferecem para a saúde. O que você talvez não saiba é que há excelentes benefícios dos probióticos para pele

Assim como existe a flora intestinal, você também possui uma flora cutânea, microrganismos que vivem na pele e contribuem para sua proteção.²

E da mesma forma que os microrganismos que vivem no trato intestinal podem acabar em desequilíbrio, isso também pode acontecer com a flora cutânea.²

O resultado desse desequilíbrio é uma maior permeabilidade da pele, abrindo espaço para a ação de germes patogênicos.²

Por isso, conhecer quais são os melhores probióticos para pele pode ser o segredo para evitar as doenças cutâneas

A seguir, veja qual a relação entre os probióticos e a proteção cutânea, além de descobrir algumas espécies que podem potencializar tratamentos de pele.

O que são probióticos para pele?

Antes de falar sobre as principais espécies usadas nos tratamentos de pele, que tal entender a relação entre os probióticos e a pele humana?

Você provavelmente já sabe que os probióticos são excelentes para a saúde gastrointestinal, principalmente por repor a flora intestinal e contribuir para a imunidade.³

Mas você sabia que o mesmo vale para os probióticos para pele?¹

Assim como no intestino, existem diversos microrganismos vivos habitando a pele humana. E da mesma forma que a flora intestinal pode acabar em desequilíbrio, a flora cutânea também pode.²

Em quadros de disbiose, além dos distúrbios gastrointestinais, o organismo também pode sofrer alterações dermatológicas, causando doenças como o eczema, a dermatite, acne, entre outros.¹

Isso acontece porque o desequilíbrio da microbiota da cútis coloca a resposta imune em risco, além de causar deficiência na absorção de nutrientes (muitos deles essenciais para a pele) e diminuir a proteção cutânea.¹

E qual a ação do probiótico para pele?

O mesmo que para o intestino: os probióticos para pele ajudam a repor a flora cutânea e reforçar a barreira de proteção

4 benefícios dos probióticos para a pele

Agora você sabe o que são probióticos para pele e suas principais ações: repor a flora cutânea e proteger a pele. O próximo passo é conhecer os outros benefícios de consumir e usar esses microrganismos.

1. Contribui para o equilíbrio do pH da pele

Nossa pele possui um manto ácido indispensável para a sua proteção, e o pH é a forma de medida usada para calcular o quão ácida a cútis está

Diversos fatores incontroláveis contribuem para um desequilíbrio do pH, como o gênero, a idade, a temperatura, entre outros.4

No entanto, em alguns casos, esse desequilíbrio é fruto do uso de produtos com pH diferente da nossa pele ou de medicamentos, por exemplo, prejudicando a sua proteção.4

Nessas horas, os probióticos para pele ajudam a restaurar o pH, fazendo com que a barreira cutânea volte a prevenir possíveis problemas de pele.4

2. Melhora a hidratação e elasticidade

Alguns probióticos também podem contribuir para a melhora da hidratação e elasticidade da pele, aspectos que sofrem alteração com o passar do tempo.4

Por isso, é válido afirmar que outro benefício dos microrganismos vivos para a pele é a melhora da aparência. Nesse caso, vale tanto a suplementação quanto o uso de dermocosméticos que contam com os probióticos em sua composição.4

3. Reduz lesões inflamatórias

Para quem sofre com acne e psoríase, os probióticos para pele são grandes aliados, principalmente as espécies que ajudam a reduzir lesões.5

Quando bem administrados, eles podem contribuir para diminuir a ação bacteriana que causou a lesão, além de potencializar a reparação tecidual da cútis.5

4. Diminui a ação de agentes patogênicos

Por fim, outra vantagem do uso de probióticos é reduzir a ação de agentes patogênicos. Uma vez que a barreira da pele é reforçada, os agentes nocivos não encontram espaço para entrar ou continuar agindo.4 

Quais os melhores probióticos para doenças de pele?

Já sabemos quais os principais benefícios dos probióticos para pele, certo? Mas, afinal, qual espécie é mais indicada para tratar problemas cutâneos? Qual o melhor probiótico para eczema, acne, dermatite e rosácea?

Os probióticos Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium lactis podem contribuir para o tratamento das principais doenças de pele.6

Em relação a acne, dermatite e rosácea, tanto a espécie Lactobacillus quanto a Bifidobacterium podem potencializar a recuperação, melhorando a gravidade das lesões e o avanço da inflamação.6

Já no caso do eczema, o Lactobacillus acidophilus é um dos mais recomendados para o tratamento da dermatose.6

De todo modo, se você está enfrentando uma doença cutânea, não deixe de procurar por atendimento dermatológico. É importante entender quais as causas, se é contagioso e como você deve cuidar da pele para melhorar mais rapidamente.

Além disso, o dermatologista também poderá indicar o melhor probiótico para o seu caso, que irá contribuir para o tratamento e recuperação da cútis.

Referências
  1. Salem I, Ramser A, Isham N, Ghannoum MA. The gut microbiome as a major regulator of the gut-skin axis. Front Microbiol. 2018;9(JUL):1-14. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6048199/. Acesso em julho/2022.


  2. Grice EA, Segre JA. The skin microbiome. Nat Rev Microbiol. 2013;9(4):244-253. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21407241/. Acesso em julho/2022.


  3. Hill C, Guarner F, Reid G, et al. The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nat Rev Gastroenterol Hepatol 11, 506–514 (2014). Disponível em https://www.nature.com/articles/nrgastro.2014.66. Acesso em julho/2022.


  4. Kober MM, Bowe WP. The effect of probiotics on immune regulation, acne, and photoaging. Int J Womens Dermatol. 2015;1(2):85-89. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5418745/. Acesso em julho/2022.


  5. Kober MM, Bowe WP. The effect of probiotics on immune regulation, acne, and photoaging. Int J Womens Dermatol. 2015;1(2):85-89. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5418745/. Acesso em julho/2022.


  6. Garcia, TH. O uso de probióticos no tratamento da acne. Disponível em https://bwsjournal.emnuvens.com.br/bwsj/article/download/182/111. Acesso em julho/2022.