Saiba o que causa diarreia, tratamentos e quando se preocupar

A verdade é uma só: todos nós já experimentamos, em algum momento de nossas vidas, episódios de diarreia.

No entanto, apesar de ser um sintoma "comum", descobrir o que desencadeou o distúrbio pode ser desafiador. Afinal, diversas doenças podem provocar esse desconforto gastrointestinal ¹.

Para ajudar a identificar o que pode estar acontecendo com você, trouxemos hoje um conteúdo sobre o que causa diarreia e o que você pode fazer para endurecer as fezes moles.

Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura até o final. Vamos lá!

Sintomas de diarreia

O principal sintoma da diarreia é o cocô amolecido, em uma textura mais líquida que o normal, associado ao número de evacuações, com três ou mais idas ao banheiro em um único dia. ¹

É importante saber que evacuar muitas vezes ao dia não indica necessariamente um quadro diarreico. ¹

Para que a condição seja diagnosticada, você deve ficar atento à textura de suas fezes. ¹

Além disso, outros sintomas que podem indicar o problema, são¹:

• Cólica e dor abdominal;
• Muitos gases;
• Náusea e vômitos;
• Sangue ou pus nas fezes.
  
  

O que causa diarreia?

A diarreia pode ser sintoma de diversas condições de saúde, desde infecções até intolerâncias alimentares. ¹

Em alguns casos, o cocô mole pode ser um problema constante, mas hoje vamos focar em episódios esporádicos de diarreia, que pode acontecer com qualquer um.

Intolerância alimentar

Uma intolerância alimentar está relacionada a dificuldade ou incapacidade do sistema digestivo em digerir/absorver certos alimentos. ²

Esse é o caso de pessoas intolerantes à lactose, por exemplo, em que o corpo não consegue digerir o açúcar presente no leite e seus derivados. ³

O mesmo acontece com a intolerância ao glúten, em que a proteína de alguns cereais não é absorvida durante o processo de digestão. ⁴

Uma vez que o organismo enfrenta dificuldade de digerir esses alimentos, essas substâncias são fermentadas pelas bactérias presentes no trato gastrointestinal, resultando em sintomas desagradáveis, como a diarreia. ²

Infecções virais e bacterianas

As infecções intestinais causadas por vírus e bactérias podem provocar diversos sintomas gastrointestinais, incluindo a diarreia. ⁵

A transmissão dessas doenças pode acontecer pelo contato com pessoas infectadas, ou pelo consumo de alimentos e bebidas contaminadas. ⁵

Um exemplo de infecção gastrointestinal é a gastroenterite que, além das fezes moles, pode causar vômito, cólica abdominal, febre e mal-estar geral. ⁵

Felizmente, em geral, a gastroenterite é autolimitada, com duração de alguns dias a uma semana, quando os sintomas cessam e a pessoa se recupera totalmente. ⁵

Leia também: Virose intestinal: como prevenir? Quanto tempo dura?

Intoxicação alimentar

Diferentemente da infecção gastrointestinal, que pode ser transmitida de uma pessoa para outra, a intoxicação alimentar ocorre quando se consome um alimento contaminado por toxinas, sejam bacterianas, virais ou químicas. ⁶

Quando a gastroenterite é provocada pela ingestão de alimentos contaminados, o quadro é considerado uma intoxicação alimentar. ^5,6

Os sintomas mais comuns nesses casos são diarreia, enjoo e vômitos, e costumam cessar quando a substância tóxica é eliminada do organismo. ⁶

Estresse e ansiedade

Alterações emocionais também podem explicar quadros pontuais de diarreia. Isso porque o cérebro e o intestino estão conectados e trocam informações a todo momento. ⁷

Logo, se seu humor sofre uma alteração drástica, o sistema digestivo pode apresentar alguns sintomas. E o mesmo pode acontecer caso você esteja com um problema intestinal, como uma constipação, que pode aumentar a sua irritabilidade. ⁷

Quer um exemplo? É bastante comum as pessoas relatarem diarreia em momentos de mais ansiedade, como antes de uma prova importante ou de uma viagem.

Da mesma forma, uma pessoa que está com constipação intestinal, e não consegue ir ao banheiro há dias, pode ficar com mau-humor, o famoso “enfezado”.

É por causa desse eixo cérebro-intestino que a ansiedade, o estresse e outras questões mentais podem influenciar no funcionamento intestinal, provocando um quadro diarreico, por exemplo. ⁷

Leia também: Excesso de gases pode ser emocional?

Como cortar a diarreia?

Agora que você sabe o que causa diarreia, está na hora de entender como interromper o sintoma. ⁸

Para isso, o primeiro passo é saber exatamente o motivo das fezes amolecidas, pois o tratamento depende da causa. ⁸

Por exemplo: uma diarreia provocada por infecção precisa de um tratamento completamente diferente daquela causada por ansiedade. Entende?

Em todo caso, manter uma boa hidratação e uma alimentação leve são cuidados muito indicados. Além disso, é importante seguir o plano de manejo para diarreia, definido pelo Ministério da Saúde. São eles: ⁸

• Plano A: tratamento em domicílio com aumento de hidratação, incluindo soro oral, e dieta com alimentos que ajudam a controlar a evacuação;
• Plano B: tratamento hospitalar com administração de soro. Se houver melhora do quadro, a pessoa pode continuar o tratamento em casa, com o Plano A;
• Plano C: internação hospitalar para controle dos níveis de hidratação e nutrição, que pode ser feito via oral ou venosa.
  
  

Fora isso, utilizar suplementos alimentares que ajudam a restaurar a flora intestinal, como os probióticos, também podem contribuir para o equilíbrio da flora intestinal. ⁸

Quando procurar atendimento médico?

Caso a diarreia não melhore após os cuidados em casa, ou os sintomas persistam/piore, não deixe de procurar pelo atendimento médico. ¹

Episódios que indicam que você precisa de cuidados profissionais são: ¹

• Evacuações mais frequentes, em vez de diminuir as idas ao banheiro;
• Diarreia acompanhada de vômitos;
• Dificuldade para se alimentar;
• Presença de sangue nas fezes.
  
  

No pronto atendimento, o médico pode receitar a hidratação venosa, que ajuda a diminuir o desconforto e “cortar” a diarreia. ¹

Também é fundamental ficar atento aos sinais de desidratação para evitar complicações.  ¹

Sintomas de desidratação ⁹

• Olhos fundos;
• Sede excessiva;
• Diminuição da urina;
• Afundamento da moleira (em bebês);
• Boca e língua secas;
• Falta de lágrimas ao chorar.
  
  

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